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III Manifesto Galiza com a Catalunya (AGaL)



A situaçom política na Catalunya é de máxima excepcionalidade. A suspensom da autonomia por parte do Estado e o uso da força e da coerçom física para impedir a inevitável declaraçom de independência do povo catalám pairam no ar. Mas já nom só como possibilidades remotas ou certas, mas como ameaças constantes dum regime decrépito e entolescido que chama "referendum ilegal" à democracia e "desafio secessionista" ao direito de autodeterminaçom.

Para os poderes espanhóis, a possibilidade de que as naçons que nom reconhecem enveredem polo caminho da independência e da soberania nom é umha opçom. Mas tampouco o é qualquer "encaixe" que nom seja o da sua progressiva espanholizaçom, em todas as ordens da vida. A realidade, porém, é teimuda. E a impossibilidade de pôr cancelas à vontade popular que desbordou há tempo as margens aponta de maneira clara cara à crise do modelo do "todo atado y bien atado", situando nas declaraçons de independência destas naçons a verdadeira panca que pode acabar de fracturá-lo por completo. Daí as ameaças e a violência, reaçons primárias e antipolíticas de quem necessita perpetuar a dominaçom. Porque, para os poderes centrais, nom é só umha questom territorial; está todo en jogo.

O Estado, cego ante o seu próprio ordenamento jurídico e cego também ante a legislaçom internacional a que diz acolher-se, demonstra-se incapaz de permitir qualquer exercício democrático real que vaia contra a unidade e a indivisibilidade que a ditadura fascista de Franco estebeleceu e a falsa Transiçom apontalou. Na Catalunya é evidente; mas também o é em Euskal Herria, onde a Espanha se nega a avançar no processo de paz embora todos os passos dados pola sociedade basca e as suas organizaçons políticas; e por suposto também na Galiza, onde a ilegalizaçom de ideias e a violência — mais branda ou mais dura — pretendem instalar-se como norma.

Sabemos, por isso, que a Espanha é irreformável. A experiência do povo catalám deixou-no também claro. A única saída ao círculo vicioso é, portanto, a acumulaçom de forças de ruptura. Cada pobo terá, para isso, a sua estratégia, mas nom há dúvida de que o referendo do dia 1 de outubro é filho desse trabalho, da mobilizaçom popular e dumha folha de rota o suficientemente clara. Por isso hoje, as organizaçons que fazemos parte da Plataforma Galiza com a Catalunya nos colocamos do lado de quem pula polo referendo. É a nossa maneira de nos colocar do lado da democracia.

Desde a Galiza, cientes do episódio histórico e das oportunidades que a quebra catalá abre também para o nosso povo, animamos toda a comunidade galega nesse país irmao a fazer, o 1 de outubro, o mesmo que nós fazemos hoje: dizer Sim ao referendo, Sim à Catalunya como Estado independente en forma de República e Sim à democracia. Estamos convencidas de que mais cedo do que tarde umha oportunidade semelhante se abrirá ao alcance das nossas mans.

Agora Galiza
Bloque Nacionalista Galego
Briga
Causa Galiza Centro Social Gomes Gaioso
Colectivo Nacionalista de Marín
Confederación Intersindical Galega
Erguer. Estudantes da Galiza
Fundaçom Artábria
Galiza Nova
Isca!
Mar de Lumes - Comité Galego de Solidariedade Internacionalista
Movemento Galego ao Socialismo
Xebra

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